depressão são retratados de forma esplendida nas páginas de seu livro, onde em 88 essa história ganharia uma versão para a TV, sendo responsável em ser o mais fiel possível da publicação. Infelizmente não foi o que ocorreu.
O filme realmente é fiel à publicação, mas muitos fatos são deixados de lados e outros completamente distorcidos pela versão televisiva. Como no romance, a história começa na Alemanha no final da década de 50 e inicio dos anos 60, momento em que o casal de conheceu. Após este encontro, a história percorre um caminho diferente do apresentado na publicação, pulando passagens inteiras. É perfeitamente compreensível que não daria para colocar absolutamente tudo no filme, mas algumas passagens importantes para conhecermos e entendermos mais a fundo a personalidade de Elvis são puladas, enquanto outros momentos de pouca relevância são deixados na edição final da obra.
Susan Walters não poderia ser melhor para viver Priscilla neste filme. A atriz é fisicamente parecida com a esposa de Elvis, além de ter todos os requisitos para tal tarefa. É doce, possui um jeitinho meigo que lembra muito Priscilla. Talvez essa escolha tenha se mostrado o maior acerto desta produção, que apesar de tantas mancadas, consegue acertar perfeitamente na escolha da moça para este papel. Agora Dale Midkiff é terrivelmente ruim, sem talento e sem nenhum atributo que nos faça relembrar o Rei do Rock. Sem sal e brilho, o ator denigre ainda mais a imagem do cantor, com uma atuação exagerada e sem personalidade alguma. Elvis possuía carisma e uma personalidade marcante e única, e o que este péssimo ator faz é fazer caras e bocas sem sentido o tempo todo. Melhora um pouco ao final da vida de Elvis, mas antes está terrivelmente péssimo.
A concepção de Elvis para Dale nos anos 60 é errônea e exagerada ao extremo, não lembrando em absolutamente nada o cantor e o momento em que vivia. Para começar o visual está totalmente diferente do que deveria estar neste período, os trejeitos, as costeletas que ganharia apenas mais tarde, tudo isso prejudica o resultado da obra. Será que não tinha ninguém na produção para supervisionar estes detalhes importantes? Se for um filme que tem o propósito de remontar todo um relacionamento, deveria ao menos ter o cuidado na concepção de seus personagens e a personalidade destes. Ficou devendo e muito quando o assunto é Elvis neste filme, deixando claro que a obra é direcionada mais para Priscilla, como também é no livro, mas de um jeito mais irritante possível.
Após o divórcio, a trama ganha mais força e finalmente os personagens desempenham papeis convincentes. As situações estão razoavelmente fieis ao livro, mas comparado ao que já tinha sido apresentado anteriormente, tudo está melhor mesmo. Aproveitando este período melancólico enfrentado por ambos, o diretor aproveita para inserir muitas canções que embalam e somam perfeitamente com as cenas. Porém mais uma vez um exagero toma conta da concepção de Elvis em tela. O astro é explorado muito agressivo, sem paciência e totalmente mal humorado. Para quem conhece ao menos um pouco de sua história, sabe que ele não era assim nem de longe, e apenas em alguns momentos se estressava por causa do trabalho e outras coisas, mas quem nunca ficou nervoso na vida? O jeito que mostram no filme se mostrou de muito mal gosto.
Elvis eu Eu possui o objetivo de transpor com extremo cuidado as situações mais importantes que marcaram a vida do casal Elvis e Priscilla, porém falha na concepção de personalidade de seus personagens, principalmente na do rei do Rock. Pelo livro ser tão bom e estar acima da média de milhões que infestaram o mundo todo no inicio da década de 80, assinados por pessoas que nem ao menos conheciam Elvis, merecia um filme melhor. De bom aqui, apenas a bela atriz que viveu a esposa de Elvis, algumas canções que inseridas em determinados instantes, promovem situações emocionantes e por fim, momentos de uma bela transposição de livro para filme, porém é só. Um filme repleto de falhas, que não deve ser levado em conta em sua totalidade por quem o assiste, tendo em vista que muitos fatos estão distorcidos ou são falsos.
Por Daniel Borges
LANÇAMENTO DIGITAL SOURCE - Priscilla Beaulieu & Sandra Harmon - Elvis e Eu
Título: Elvis e EuAutor: Priscilla Beaulieu & Sandra Harmon
Gênero: Biografia
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Na ocasião saiu nos jornais, antes de o filme ser feito, que Priscila cobrou dez mil dólares só para ler o roteiro e o aprovou. Depois, cobrou para aprovar o elenco. E, aprovou o filme, ao final.Priscila foi forçada a abrir Graceland para os fãs que insistiam em visitar o túmulo de Elvis e , então, deu para uma empresa administrar Graceland que já estava vendida.O comprador aceitou desfazer o negócio como fã de Elvis que como os verdadeiros o ama.Ela supervisiona tudo em nome do espólio da filha e netos.Carrega o Elvis que imaginou, conheceu e nunca aceitou o verdadeiro.O resto é propaganda que não faz juz ao REI.
ResponderExcluirConcordo com você, Magui e ao meu ver essa mulher não passa de uma oportunista e dissimulada.
ResponderExcluirConcordo com você, Magui e ao meu ver essa mulher não passa de uma oportunista e dissimulada.
ResponderExcluirEssa mulher usa o apelido Presley, só por ganância, depois de tantos homens que teve, viveu 20 anos com o pai do filho e faz-se passar por viúva, quando na verdade é ex mulher.
ResponderExcluiré linda a história de Priscila e Elvis , entre quatro paredes só os dois sabiam . Gosto dela, e se não fosse pelos, dois não estaria tão vivo ainda.
ResponderExcluirDesculpe, mas Elvis está vivo por si mesmo e não pela ex-mulher. Elvis foi um super astro e continuará brilhando. Quanto à ex-mulher, quem é ela sem o sobrenome do Rei que, aliás, não deveria usar? Oportunismo puro. Lamentável...
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