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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Elvis Presley não morreu, virou lenda



Elvis Aaron Presley nasceu em 8 de janeiro, de 1935 em Tupelo, Mississipi, e faleceu aos 42 anos, em Memphis, Tennessee, em 16 de agosto, de 1977. Celebramos os 34 anos de sua morte.
Elvis não era propriamente um ator, tinha potencial, mas nunca quis ou nunca o deixaram experimentar. Era um astro, uma carismática máquina de fazer dinheiro e seu empresário
controlavam sua carreira.
Fez 31 filmes de ficção e nenhum clássico do cinema. Ao contrário, só serviram para deixá-lo infeliz e precipitar sua morte prematura. Mas sempre achei que Elvis era melhor do que parecia, tinha um potencial que nunca explorou porque sua carreira era inteiramente controlada pelo empresário, que o descobriu e o explorou, o dito Coronel (apelido, não era militar) Tom Parker. É ele o vilão que o obrigou a fazer filmes inócuos que sempre davam dinheiro, que impediu que sua carreira, talvez mesmo sua vida, tivesse sido salva se tivessem o deixado participar da versão de Nasce uma Estrela, com Barbra Streisand. Este sim era um papel a altura de um talento que ele nunca conseguiu
explorar no cinema.
Elvis sempre parece melhor e mais autêntico em seus  primeiros filmes. Na verdade, os documentários dos primeiros shows é que mostram uma figura perturbadora e natural, um talento cru e vivo, que estupidamente a censura procurou destruir desde o primeiro momento. A televisão só podia fotografá-lo da cintura para cima, porque diziam que os movimentos de suas pernas eram eróticos (foi apelidado de Elvis, The Pelvis) e escandalosos.
Quando Elvis começou a fazer cinema, os produtores resolveram colocá-lo às pressas no primeiro projeto que surgiu, com medo de que o rock caísse de moda.  Não era nem o papel central do faroeste em preto e branco, da Fox  Ama-me com Ternura (Love me Tender de 1956), onde fazia o marido traído de Debra Paget . Chegava a cantar 4 canções mas a musica título era adaptação de uma canção folclórica da Guerra Civil.
 A maior novidade foi que antes Elvis tinha os cabelos claros, aloirados. Foram pintados de preto para o filme, um visual que ele manteve desde então (outra coisa curiosa: Elvis teve um irmão gêmeo, Jesse, que morreu no parto, ele nasceu 35 minutos depois e sobreviveu. A vida toda ele teve devoção por sua mãe, Gladys (1912-58), que chegou a aparecer numa figuração no segundo filme a Mulher que eu Amo (Loving You, 57, do produtor Hal Wallis, para a Paramount e hoje o filme mais raro de ser encontrado).
Francamente eu prefiro esses primeiros filmes de Elvis, com dois destaques:
1) O Prisioneiro do Rock (Jailhouse Rock, 57), de Richard Thorpe, ainda em preto e branco. Faz o papel de Vince Everett, condenado à prisão por homicídio culposo depois de briga de bar. Lá ele aprende música e decide ser cantor. Apesar de ficar desiludido com a indústria do disco, abre seu próprio negócio e se torna um sucesso, que lhe subirá à cabeça.

Foi o primeiro a usar melhor seu tipo como um rebelde (à la James Dean) e com a primeira canção (a título) de Lieber e Stoller, que se tornou megasucesso. É graças a Jailhouse Rock que o filme resiste (até porque preserva Elvis dançando a sua moda, já que improvisou grande parte dos passos) superando a pobreza do orçamento.
A fita teve um drama paralelo. A atriz que faz o papel central, Judy Tyler (1933-57), descoberta na Broadway no show Pipe Dream, morreu num acidente de automóvel numa estrada do Wyoming, antes da estreia do filme (e Elvis, depois disso, não quis mais ver o filme). Ao menos traz o Elvis jovem e natural. Com o tempo só iria piorar por causa das histórias tolas e roteiros imbecis.
2) O meu favorito é  Balada Sangrenta (King Creole, de 1958). Este foi o último filme de Elvis antes dele ir fazer o serviço militar e mudar radicalmente sua imagem. Naquela época ainda podia fazer um personagem marginal, rebelde, que havia sido originalmente planejado para James Dean. A historia original é do famoso autor Harold Robbins (Os Insaciáveis).


  No caso, Danny Fisher, que foi criado  nos bordéis de New Orleans, um deliquente que largou a escola e trabalha num nightclub onde começa a cantar. O problema surge quando um gângster deseja contratá-lo para aparecer numa boate chamada King Creole e ele recusa. Também a garota do gângster, Carolyn Jones, acaba ficando entre os dois.
Quem realizou foi o veterano cineasta Húngaro Michael Curtiz, o mesmo do clássico Casablanca. Isso explica porque muita gente acha esta sua melhor interpretação  no cinema. No que é muito ajudado pelo excelente elenco (Dean Jagger, Dolores Hart, Liliane Montevechi, Vic Morrow). Ajudado pela trilha musical à la Dixieland, Elvis também teve melhores canções para interpretar num total de onze.
Porque Elvis não fez filmes melhores? Simplesmente porque não havia necessidade de melhorá-los, tinham um público fiel e nenhum deles foi fracasso de bilheteria. Às vezes, o estúdio ainda se dava ao trabalho de conseguir uma locação exótica como em O Seresteiro de Acapulco (Fun in Acapulco,63), com Ursula Andress, onde ele fazia um salva-vidas de um hotel. Ou então o Havaí, onde para variar estava envolvido com belas garotas (como em Feitiço Havaiano (Blue Hawai, 61) e depois No Paraíso do Havaí (Paradise, Hawaian Style,66) .
Mas basicamente eram comédias românticas, com momentos de farsa, em que Elvis tinha obrigatoriamente de cantar muito. Aos menos doze canções para compor um LP inteiro. No começo de carreira ainda chegaram a fazer algumas experiências.
Ele foi um jovem rebelde que sonhava em ser escritor em Coração Rebelde (Wild in the Country,61), naturalmente cercado por três mulheres. Foi até um mestiço de índio num faroeste como Estrela de Fogo, onde sua parceira era a veterana mexicana Dolores Del Rio (Flaming Star,60, do competente diretor Don Siegel). Também se tornou um boxeador em Talhado para Campeão (Kid  Galahad, 62).
Mas logo voltou a forma habitual, cantando, dançando um pouco, tentando momentos de comédia contracenando com bichos e crianças. A maior crise de sua carreira foi quando teve que cortar o cabelo curtinho e passar dois anos servindo o exército americano, mas mesmo assim tudo foi orquestrado para manter o público interessado.
O retorno, porém, foi um total êxito, com Saudades de um Pracinha (G.I. Blues, de 60), uma história autobiográfica sobre o tempo em que esteve na Alemanha, o roteiro é mero pretexto para-Elvis cantar e namorar a dançarina Juliet Prowse.

Mas nunca se preocuparam em colocá-lo com outros astros. Houve a grande atriz  Angela Lansbury fazendo sua mãe em Feitiço Havaiano e Barbara Stanwyck, como dona de um pequeno parque de diversões em Roustabout / Carrossel de Emoções, 64.
Da fase final meu favorito é E Amor a toda Velocidade (Viva Las Vegas, 1964), feito por um diretor famoso em musicais da Metro, George Sidney. Ele faz um corredor de automóveis que vai participar do Vegas Grand Prix w se envolve com uma showgirl. Sidney soube ao menos dar um pouco de agilidade à narrativa, sabia enquadrar em Widescreen e dar um pouco de vida ao normalmente apático Elvis por várias razões:
1) mais bem dirigido;
2) pela primeira vez trabalha com um co-estrela à sua altura que compartilha números musicais (tem um duelo simpático The Lady loves Me, dança com frequência e sensualidade (meio strip ou sozinho) , mesmo porque tiveram caso na vida real. A trama é medíocre, mas chega a ter algum rock (What I’D Say), sem esquecer a música tema famosa (no final em tela dupla). Nada demais mas ao menos é agradável de ver.
Curiosamente foram os dois últimos filmes de Elvis, dois documentários que registravam shows (Elvis é Assim/Elvis That´s the Way it is, 70, e  Elvis on Tour,72), que acabaram sendo o melhor retrato e testemunho do seu talento.
Esse sim, era o Elvis que se tornou imortal, intenso, forte, carismático. O artista que os filmes de Hollywood infelizmente não conseguiram capturar.







                                                                                                                                                               

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